OPOSIÇÃO FRAGMENTADA E PAULINOS EM XEQUE: GUARABIRA VIVE IME POLÍTICO ÀS VÉSPERAS DE 2026

A política de Guarabira segue efervescente e marcada por um cenário de indefinições e fragmentações dentro da oposição. Em meio a uma difícil missão de reconstrução, os grupos políticos adversários à prefeita Léa Toscano tentam juntar os cacos de antigas alianças rompidas, mágoas mal resolvidas e projetos políticos que ainda não encontraram unidade.

O grupo dos Paulinos, tradicional na política local, enfrenta um novo desafio: manter sua relevância. Roberto Paulino já declarou que, se seu filho Raniery Paulino for candidato em 2026, será à Câmara Federal — descartando, assim, uma nova disputa pela Assembleia Legislativa. A mudança de foco reflete uma tentativa de reposicionamento político, mas também lança dúvidas sobre a capacidade de mobilização do grupo em nível estadual.

Por outro lado, a família Meireles mostra sinais de independência dentro da oposição e prega apoio ao nome de Tibério Limeira, o que sinaliza uma ruptura com a liderança de Raniery. Já o ex-secretário Célio Alves, historicamente ligado aos bastidores do poder, também articula sua própria linha de apoio, mirando outra candidatura que ainda não se consolidou publicamente.

Quem tenta se colocar como ponto de convergência é o ex-prefeito Marcus Diogo, que se reaproxima de antigos aliados da prefeita Léa — hoje autodenominados "os esquecidos". Esses nomes, que se dizem abandonados durante a gestão do próprio Marcus, agora ensaiam um retorno à cena política ao seu lado, em uma tentativa de unir forças e formar um novo bloco de oposição.

A situação do MDB local é outro ponto de tensão. O empresário e presidente do diretório municipal, Deda Claudino, rompeu com Léa Toscano logo após sua posse. Mesmo assim, o partido segue com espaço na gestão municipal, tendo como vice-prefeito Raimundo Macedo, que mantém sintonia com Léa e sua filha, a deputada estadual Camila Toscano. O contraste entre Deda e Raimundo revela uma cisão interna que enfraquece ainda mais a oposição e demonstra que o MDB local também precisa decidir de que lado está.

A poucos meses do início das articulações para 2026, Guarabira vive um cenário de incertezas políticas, onde cada grupo parece falar por si. A missão de reunir esses fragmentos de oposição e construir um projeto sólido contra o grupo Toscano será, sem dúvidas, uma das maiores dificuldades para qualquer liderança que se coloque como alternativa real de poder.

A dúvida que fica: quem será capaz de liderar essa reconstrução? E mais: haverá tempo suficiente para reorganizar o campo da oposição antes que o relógio eleitoral comece a correr mais rápido?